Colheita e Pós-Colheita

Colheita

O período de safra do guaraná ocorre de dezembro a abril, na região do Baixo Sul da Bahia e a colheita pode ser feita de duas formas: colheita de cachos e colheita seletiva de sementes.  

A forma de colheita mais utilizada é a colheita de cachos, que consiste em cortar os cachos de guaraná com pelo menos 50% dos frutos abertos e maduros.

A colheita seletiva das sementes consiste na catação das sementes de guaraná que estão abertas e maduras. Isto devido a maturação dos cachos ser desuniforme e visando obter melhor qualidade do produto.

 Fonte: Ceplac.

Foto: Adailton Matos


Fermentação

Os cachos de guaraná colhidos são colocados em depósitos para a fermentação, por 3 a 5 dias, para os frutos completarem sua maturação. Em seguida efetua-se o pisoteio dos cachos para retirar os talos e através da lavagem separar as cascas das sementes. Existe também o debulhamento por máquina, neste processo a separação das sementes da cascas, após rápida secagem da massa, deve ser feita por ventilação.

 Fonte: Ceplac.

Foto: Adailton Matos

 

Outra finalidade de se colocar os cachos de guaraná para fermentar é para facilitar a retirada da casca do grão no momento do pisoteio ou debulhamento por máquina.

Debulhamento

Depois de 3 dias de fermentação, os cachos são debulhados manualmente (pisoteio) ou debulhados por máquina apropriada.

Tipos de debulhamento: pisoteio, debulhador de bulina, debulhador tipo moedor.

No pisoteio e no debulhador de bulina as cascas são quebradas e os talos são separados dos grãos. 

No debulhador tipo moedor as cascas são emaceradas e os talos separados dos grãos.

Foto: Adailton Matos


Separação dos grãos

Quando o guaraná é pisado ou processado no debulhador de bulina, o agricultor lava o guaraná, para separar as sementes da casca, ou faz a uma pré-secagem da massa de guaraná e depois realiza a separação manualmente. 

Quando é processado no debulhador tipo moedor,  faz-se a pré-secagem da massa e depois procede a separação das sementes da casca por meio de ventilação.

Foto: Adailton Matos

Secagem

A secagem tem por finalidade reduzir o teor de umidade das sementes do guaraná para 8%. Os agricultores familiares do Baixo Sul da Bahia praticam diferentes métodos de secagem, dentre eles temos: secagem na Lona ou Tela, Estufa solar, Estufa a fogo (popularmente conhecida como Estufa de cacau), Alguidar (secador de farinha) e Secador rotativo.

A secagem na lona, tela e estufa solar é a utilização do calor e luminosidade do sol para a retirada da umidade das sementes de guaraná. Enquanto a secagem na estufa a fogo, alguidar e secador rotativo utilizam calor artificial, ou seja, utilizam fogo a lenha para realizar a secagem das sementes.

Durante a secagem deve-se fazer o revolvimento das sementes para uniformização da temperatura e melhor secagem dos grãos.

Foto: Adailton Matos

Armazenamento

Depois de seco o guaraná deve ser resfriado. Após o resfriamento os grãos são ensacados em sacos de ráfia ou plásticos  e pesados. 

O peso padrão são de 50 kg por saco, mas já  temos agricultores trabalhando o peso de 25 kg por saco, o que facilita o manejo e transporte dos grãos, no tocante ao carregamento de veículos.

O armazenamento dos grãos deve ser feito em depósitos fechados, porém com bom arejamento e ventilação. Para um período maior  de armazenamento, o guaraná deve ser posto em sacos plásticos e vestido por um saco de ráfia e posto em instalações nos moldes já descrita acima. Dessa forma o guaraná poderá permanecer estocado por período superior a dois anos, sem perder sua qualidade.

Foto: Adailton Matos

Vídeos: Adailton Matos

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